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Produção, processamento, propagação e armazenamento da informação 

ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES

Você está continuamente recebendo informações do mundo ao seu redor. Agora, durante a leitura desta página, enquanto vê na televisão aquele programa de que gosta, ou quando ouve uma música de sua preferência ou assiste às aulas, muitas informações são percebidas por seus órgãos sensoriais, armazenadas e processadas por seu cérebro.

A coleta, o armazenamento e o processamento de informações têm sido realizados pela espécie humana desde os primórdios de sua existência. No início, quando a sobrevivência humana não contava com nenhum tipo de instrumento, esse processo era essencial nos alertas contra predadores e na busca de alimentos. Com o passar do tempo, tudo foi se tomando mais aprimorado, e o ser humano começou a se comunicar por meio de sons, a criar estratégias coletivas para se defender de predadores e de inimigos ou para capturar e domesticar animais. Progressivamente, a humanidade procurou entender os fenômenos que ocorriam à sua volta e passou a sentir a necessidade de registrar suas observações e interpretações acerca do mundo e a comunicá-las a seus semelhantes.

Acumular informações constitui o primeiro passo para analisá-las, pois apenas com uma quantidade suficiente de dados é possível avaliá-los na procura de estabelecer relações entre eles.

Muitas cavernas ainda guardam os primeiros registros feitos por nossos ancestrais, que gravaram em suas paredes desenhos do cotidiano das tribos, imagens possivelmente também de caráter místico.

Houve uma época, há mais de 10 mil anos, em que o ser humano não sabia que era possível plantar. Quando aprendeu a cultivar o solo e deixou de ser caçador nômade, instalando-se na margem dos rios, passou a acumular ferramentas e instrumentos, os quais eram passados entre gerações como bens e como conhecimento. Talvez essa transmissão de instrumentos seja uma das principais marcas do processo civilizatório, por meio do qual o ser humano tornou-se um ser de cultura.

Produção, processamento, propagação e armazenamento da informação

Com o acúmulo de informações que precisavam ser guardadas, com finalidade prática ou ritualística, foram necessárias novas técnicas de registro de conhecimentos, em cerâmicas, tábuas e papiros, que mais tarde evoluíram para o papel. Depois, surgiram os livros e, mais tarde ainda, as bibliotecas, as quais passaram a abrigar uma quantidade cada vez maior de obras. Nossos bisavós já tinham nascido quando surgiram os meios magnéticos de armazenamento de dados, primeiramente em cilindros e fitas, depois em discos magnéticos.

O registro das informações


toca-discosNo caso dos sons, os primeiros registros foram as pautas musicais escritas para execução; e o que podemos considerar as primeiras gravações foram as caixinhas de música, nas quais um cilindro com pinos acionava palhetas metálicas, reproduzindo sons.

Podemos dizer que o cilindro de pinos é o avô do CD, que é filho do disco de vinil, no qual o sulco era “lido” por uma agulha, e o som, amplificado de maneira mecânica, por um simples cone a ela associado. Hoje, os sons codificados em um CD são “lidos” e reproduzidos por meio de aparelhos eletrônicos.

Compact DiscO processamento de dados acumulados pode ser muito complexo, e é feito por equipamentos cada vez mais sofisticados, mas ainda não há instrumento tão completo quanto o cérebro humano. Apesar de serem mais rápidos que nosso cérebro no processamento de dados, os computadores são capazes de realizar apenas procedimentos predeterminados por quem os programa ou utiliza. Não há como contestar que eles fazem isso a uma velocidade elevadíssima, provavelmente não alcançada por mente humana alguma. De qualquer modo, os computadores não são capazes de criar ideias, no sentido de formular questões inéditas. Ao menos por enquanto…

Quanto às transmissões de conhecimentos, inicialmente elas se deram por sinais sonoros e gestuais. Os primeiros registros realizados por seres humanos, há milhares de anos, já eram uma forma de transmissão: os desenhos gravados nas paredes de cavernas comunicavam algo a quem os visse. No entanto, essa maneira de transmitir o conhecimento só chegava a quem estivesse presente no local. A troca de conhecimentos entre grupos humanos de regiões cada vez mais distantes trouxe o desafio de criar meios de comunicação que os alcançassem onde quer que estivessem. Esses meios evoluíram desde os sons de tambores até as modernas técnicas de comunicação por satélite.

Astronomia-teslescópios

O ser humano também sentiu a necessidade de colher outras informações além daquelas que podia captar por seus órgãos sensoriais. Para isso, ampliou seus sentidos, construiu telescópios para enxergar cada vez mais longe e radiotelescópios para “ver” o que os olhos não captam, criou os microscópios para examinar a constituição da matéria e os aceleradores de partículas para “observar” o interior dos átomos.

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