Biologia

Reino fungi – características, evolução, reprodução dos fungos

Os fungos são geralmente encontrados em ambientes aquáticos e terrestres úmidos, mas há espécies parasitas de outros seres vivos. Observe a imagem e proponha uma hipótese: do que os fungos da fotografia estão se alimentando? Você já ouviu alguém comentar sobre alguma micose? Você sabe dizer de que maneira uma pessoa com micose e os cogumelos da fotografia podem se relacionar aos fungos?

Qual é o maior ser vivo da Terra?

Não é uma baleia, não é uma sequoia nem um dinossauro do passado. Há evidências de que o maior ser vivo do planeta seja um fungo da espécie Armillaria ostoyae, que vive sob o solo em uma floresta dos Estados Unidos, no estado de Oregon. Estima-se que esse fungo tenha cerca de 2400 anos e que seus filamentos se estendam por uma área equivalente a 1220 campos de futebol.

Estrutura dos fungos

Todos os fungos apresentam parede celular sobre a membrana plasmática, o que lhes confere rigidez e maior resistência ao meio que habitam. O corpo dos fungos pluricelulares é formado por filamentos microscópicos conhecidos por hifas, que contêm material celular – citoplasma e núcleos. O conjunto formado pelas hifas entrelaçadas é chamado de micélio.

O micélio desenvolve-se abaixo da superfície do solo, mas, em alguns casos, ele pode formar estruturas aéreas bem visíveis, como as que se observam nos cogumelos. Essas estruturas aéreas são chamadas de corpos de frutificação e são relacionadas à reprodução do fungo. Nessas estruturas são produzidos os esporos que, ao germinar, originam um novo indivíduo.

O principal critério usado para separar os fungos em diferentes grupos relaciona-se ao corpo de frutificação: estes podem estar ausentes ou presentes, sendo que, quando presentes, podem ser de tipos variados. Além disso, o tipo de hifa também permite a caracterização dos grupos. Estima-se que existam mais de 1,5 milhão de espécies de fungos, número menor, apenas, que o do grupo dos insetos.

Evolução dos fungos

Na figura ao lado, encontramos a representação da hipótese mais aceita atualmente sobre a evolução dos seres vivos, separada por reinos. Note que, nessa hipótese, o reino Fungi teve sua origem de um ancestral que também viria a originar o reino Metazoa, dos animais, indicando, evolutivamente, a proximidade entre esses dois reinos – ou seja, estão mais próximos entre si do que de qualquer outro.

Isso pode parecer estranho, pois os fungos já foram considerados vegetais e, se isso fosse verdadeiro, deveriam estar mais próximos às plantas. Um dos motivos que aproximam os fungos aos animais é o fato de eles apresentarem, em suas células, parede celular de quitina, substância que confere rigidez e também está presente no reino Metazoa, no esqueleto externo de artrópodes como crustáceos, insetos e aranhas. Além disso, tanto os animais quanto os fungos são seres heterótrofos e pluricelulares (lembre-se de que também há alguns fungos unicelulares).

Reprodução dos fungos

Desde que haja calor, umidade e matéria orgânica disponível (um animal morto, a casca de uma árvore ou mesmo a pele humana), os fungos crescem e se reproduzem com facilidade. Há também fungos que são capazes de se desenvolver em condições extremas, como na superfície de vidros e de aviões.

Os fungos produzem esporos, pequenas células resistentes responsáveis pela reprodução assexuada. As briófitas e as pteridófitas também são seres vivos que se reproduzem por meio de esporos. Apesar de serem todos chamados de esporos, vale ressaltar que não são a mesma estrutura, mas têm a mesma função (reprodução). Grande parte dos fungos libera seus esporos no ar.

Ao cair em um local com condições adequadas, os esporos se desenvolvem e formam as hífas, que originarão um novo fungo. Na reprodução sexuada, as hifas de dois fungos se encontram e se fundem e os núcleos das células trocam material genético, contribuindo para o aumento de variabilidade na espécie. Ocorre germinação e desenvolvimento de um novo fungo.

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