O fim da Guerra Fria na Europa
A primeira metade da década de 1980 foi marcada pela ocorrência de uma série de problemas na antiga União Soviética, que deixavam transparecer ao mundo, a grande crise política e econômica que esse país vivia. Entre tais problemas encontrava-se o fato de as empresas estatais não conseguirem produzir as mercadorias e os serviços necessários para abastecer a população, o que provocou um crescimento generalizado do clima de insatisfação popular que há muito já existia nesse país.
Diante dessa situação, o governo soviético promoveu uma série de alterações no seu quadro político, que culminou, em meados dos anos de 1980, com a subida ao poder do líder Mikhail Gorbatchov. Esse presidente deu início a uma série de reformas políticas e econômicas no país para tentar reverter o quadro de crise que se vivia.
Entre as implicações geradas pela crise, está o enfraquecimento da capacidade do governo de abafar o clima de insatisfação popular em países do bloco socialista europeu. Dessa forma, cresceram os movimentos populares, que há muito reivindicavam a ruptura ao governo central soviético, como também a promoção de eleições livres e a abertura de suas economias ao livre mercado.
Entre as mudanças ocorridas no Leste Europeu, como resultado de tais manifestações populares e da impossibilidade de o governo soviético impedir que elas se desenvolvessem, em 9 de novembro de 1989, populares derrubaram o Muro de Berlim, o símbolo da Guerra Fria. Daí para frente, os regimes socialistas foram caindo, até a dissolução da Rússia em 1991
O fim da ordem bipolar
O esforço desenvolvido na segunda metade dos anos 1990, sob a liderança de Mikhail Gorbatchov não deu o resultado esperado, o que significa dizer que o clima de insatisfação popular se expandiu de forma incontrolável em toda a antiga União Soviética. Ampliou-se também o sentimento separatista que existia há muito tempo entre a maior parte dos habitantes das repúblicas que integravam a União Soviética. Essa situação culminou com a declaração de indepedência dessas repúblicas.
A postura por parte dessas repúblicas, somada ao caos político que se instalou na antiga União Soviética, culminou na declaração da sua dissolução em dezembro de 1991, por parte do governo central, o que selou o fim da ordem mundial bipolar e provocou grandes mudanças no cenário político internacional. No início, tais transformações ocorreram de forma relativamente desordenada.
A maior parte desses conflitos era de cunho étnico–religioso separatista e se desenvolveu em alguns países de forma pacífica, como na antiga Tchecoslováquia, a qual deu origem à República Tcheca e à Eslováquia.
Em outras, como na antiga Iugoslávia, se manifestou na forma de uma sangrenta luta armada, que resultou na
dissolução desse pais em várias repúblicas.
Separação da Tchecoslováquia
O conflito entre o povo tcheco e o eslovaco, que resultou, em 1993, na divisão da antiga Tchecoslováquia em dois países, a República Tcheca, onde vivia a maior parte do povo tcheco, e a Eslovaquia, onde vivia a maioria do povo eslovaco, e se desenvolveu de forma tão pacífica que passou à história com a denominação de “Revolução de Veludo“. A capital da República Tcheca, a cidade de Praga é, nos dias atuais, uma das cidades mais visitadas pelos turistas na Europa Central.
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