O dia e a noite, as estações do ano. os eclipses solares e lunares, os terremotos e os vulcões são alguns dos fenômenos da natureza que intrigaram – e ainda intrigam – várias civilizações. Entender o planeta Terra, desde a sua posição no espaço até a sua constituição física, nos torna capazes de compreender melhor alguns fenômenos naturais e de atuar positivamente na transformação do ambiente. Nesta unidade estudaremos a Terra, suas características e sua relação com nosso cotidiano.
A fotografia da Nasa, a agência espacial norte-americana, mostra uma imagem das fronteiras do Universo conhecido. Imagine uma situação que, embora ainda não seja possível, é muito comum em filmes de ficção científica: colônias de seres humanos vivendo por todo o Universo. Como deveria ser indicado o endereço de uma pessoa que morasse em uma dessas colônias?
E nós, agora, em qual galáxia estamos? Que tipo de corpo celeste nos serve de moradia? É uma estrela? É um planeta? É um satélite natural?
Para saber mais sobre o Universo e sobre alguns dos corpos celestes que podem existir nele, vamos estudar mais sobre as galáxias, as constelações e o Sistema Solar.
GALÁXIAS
Se você olhar para o céu em um local afastado das luzes das cidades, em uma noite sem luar e sem nuvens ou poluição, poderá observar, até mesmo sem o auxílio de binóculo, luneta ou telescópio, um grande número de pontos brilhantes.
Algumas pessoas acham que esses pontos luminosos são estrelas, mas na verdade esse conjunto de pontos brilhantes é constituído por vários astros (ou corpos celestes), que formam uma pequena parte da galáxia onde está localizado o planeta Terra.
As galáxias são conjuntos de estrelas, planetas, nuvens de gases, poeira e outros corpos celestes. A galáxia onde está localizado o planeta Terra é a Via Láctea.
As palavras galáxia (do grego gala = leite) e Via Láctea (do latim via láctea = caminho do leite) estão relacionadas com a semelhança entre a mancha de luz esbranquiçada que vemos no céu e uma mancha de leite.
A Via Láctea é formada por aproximadamente 100 bilhões de estrelas. Uma delas é o Sol. a estrela mais próxima da Terra e responsável pela existência de vida no nosso planeta.
CONSTELAÇOES
Quando olhamos as estrelas de algum ponto da Terra, temos a impressão de que elas estão próximas entre si, podendo formar agrupamentos aparentes, que são conhecidos por constelações. No espaço, entretanto, as estrelas estão bastante distantes umas das outras. Veja no exemplo abaixo as distâncias entre o nosso planeta e as estrelas que compõem a constelação de Órion.
Os povos antigos de diferentes culturas, ao observarem o céu estrelado, uniam arbitrariamente as estrelas por linhas imaginárias, de modo a formar figuras de animais, pessoas, seres lendários e objetos. As constelações têm, portanto, nomes relacionados com essas figuras, por exemplo, Ursa Maior, Cão Menor, Leão, Escorpião, entre outras.
Uma dessas constelações é Órion, o gigante caçador, que tem em seu cinturão as conhecidas “Três Marias”.
As constelações visíveis no céu noturno dependem da localização do observador na Terra. Uma pessoa que mora nos Estados Unidos, por exemplo, não vê as mesmas constelações vistas do Brasil. Isso ocorre porque os Estados Unidos e o Brasil se localizam em hemisférios diferentes da Terra.
No Hemisfério Sul, onde está o Brasil, uma das constelações mais conhecidas é o Cruzeiro do Sul. Embora a posição do Cruzeiro do Sul no céu varie conforme o dia, a hora, o local de observação e a estação do ano, o seu braço maior sempre aponta para o Sul. No Brasil, por exemplo, os antigos índios tupis- -guaranis conseguiam determinar os pontos cardeais e as estações do ano observando a posição do Cruzeiro do Sul ao anoitecer.
ORIENTANDO-SE PELAS ESTRELAS
Os primeiros navegadores se orientavam peia posição do Sol no céu durante o dia e das estrelas durante a noite.
Você, mesmo não sendo um navegante, também pode se orientar dessa forma. Veja os procedimentos a seguir.
Localize no céu a constelação do Cruzeiro do Sul. Prolongue 4,5 vezes o braço maior da Cruz para baixo e para a frente. A partir desse ponto, trace uma reta vertical até encontrar o horizonte (veja a ilustração). Nessa posição de encontro da reta com o horizonte localiza-se o ponto cardeal Sul. Agora, posicionando-se de frente para o Sul, com seus braços abertos, nas suas costas estará o Norte, no braço direito será o Oeste e no esquerdo, o Leste.
OS ASTROS
Existem diversos astros {ou corpos celestes) no Universo. Vamos estudar alguns deles.
Estrelas
Olhando para o céu, podemos perceber que existem estrelas com tamanho e cores diferentes. O brilho de uma estrela depende de seu tamanho e da temperatura em sua superfície. A luminosidade que observamos também depende da distância em que se encontra da Terra. As estrelas azuis e brancas são as mais jovens e quentes. As alaranjadas e vermelhas são mais velhas e menos quentes.
Se comparado às demais estrelas do Universo, o Sol é uma pequena estrela amarela. A temperatura na sua superfície é de 6000 °C e, em comparação com as outras estrelas, não é a mais brilhante.
Cometas
Os cometas são corpos celestes observados e estudados desde a Antiguidade. Registros chineses de 240 a.C. já relatam a passagem de um dos cometas mais conhecidos: o Halley.
Os cometas são às vezes chamados de “bola de neve suja” porque seu núcleo é formado por um material rochoso, por gelo e por outras substâncias solidificadas. Assim como os planetas, os cometas também giram em torno do Sol e, quando se aproximam dele, sua temperatura aumenta e parte do seu núcleo muda de estado físico, passando do estado sólido para o gasoso. Essa transformação física produz o que observamos como a cabeleira e a cauda do cometa.
Meteoroides, meteoros e meteoritos
Os meteoroides são corpos sólidos, formados principalmente por fragmentos de asteroides ou de planetas desintegrados. Seu tamanho pode variar desde milímetros até quilômetros de diâmetro. Podem ser constituídos por rochas ou metais (os mais comuns são ferro e níquel).
Quando um meteoroide vindo do espaço penetra na atmosfera terrestre com grande velocidade, ele se aquece muito devido ao atrito (pode chegar a 7000 °C). A parte externa do meteoroide torna- -se incandescente e é volatilizada, emitindo luz e calor, deixando um rastro luminoso no céu. Esse fenômeno luminoso é chamado de meteoro e é conhecido como “estrela cadente”. A maioria dos meteoroides é muito pequena e se volatiliza totalmente antes de chegar â superfície terrestre. Quando parte do meteoroide consegue atravessar toda a atmosfera e chocar-se contra a superfície terrestre, o chamamos de meteorito.
O SISTEMA SOLAR
0 Sistema Solar começou a se formar há aproximadamente 5 bilhões de anos. Ele é composto do Sol e dos corpos celestes que orbitam ao seu redor: os oito planetas e seus satélites, os cometas e os planetas-anões.
Por muitos anos, vários cientistas tentaram descrever os movimentos dos planetas. O astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), por exemplo, descreveu em seus
estudos no século XVII as leis do movimento planetário. Kepler concluiu que as órbitas, trajetórias que os corpos celestes percorrem ao redor do Sol sob influência da gravidade. são elípticas.
A esse movimento que os corpos celestes executam ao redor do Sol, em suas órbitas, damos o nome de movimento de translação.
Os planetas também executam outros movimentos. Um deles é o de rotação, movimento em torno do seu próprio eixo, que determina os dias e as noites.
Mercúrio. Vênus, Terra e Marte, os quatro planetas mais próximos do Sol, são classificados como planetas terrestres: são compactos, rochosos e têm poucos ou nenhum satélite natural (luas).
Os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, os mais distantes do Sol, são conhecidos por planetas gigantes ou gigantes gasosos: cerca de 90% da massa de Júpiter e de Saturno são gases hélio e hidrogênio, enquanto Urano e Netuno têm cerca de 20% de sua massa constituída por hélio e hidrogênio e a maior parte por oxigênio, nitrogênio, carbono e enxofre. Os planetas gigantes têm muitas luas e anéis.
Plutao é um planeta?
Até 24 de agosto de 2006 Plutão era considerado um planeta. Nessa data. na 26^ Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (UAI), realizada em Praga, na República Tcheca, criou-se uma nova definição de planeta e uma nova categoria para classificar os astros: planeta-anão, da qual Plutão passou a fazer parte.
Nessa ocasião, convencionou-se definir planeta como um corpo celeste que deve ter forma aproximadamente esférica, girar em torno de uma estrela e ter a capacidade de desviar a trajetória de corpos celestes que estejam próximos. Plutão mudou de categoria por não atender a esta última condição.
Entretanto, muitos dentistas permaneceram favoráveis à classificação de Plutão como planeta e pedem a revisão dessa definição.
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Valeu Felipe
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